A unificação da música litúrgica concebida por São Gregório tornou-se conhecida como Canto Gregoriano. Embora sucessivas pesquisas tenham alterado pouco à pouco a interpretação dos neumas(meios de notação musical e avaliação rítmica usados do século IX ao XII), há áreas em que as diferenças entre os investigadores se mantêm até os nossos dias.O processo de unificação, e sobretudo, de implantação, foi progressivo e lento, dando lugar a diversas exceções em que foram reconhecidas liturgias não gregorianas. É o caso do Canto Visigótico, que passou a ser conhecido por Canto Moçárabe; termo anacrônico, anterior à invasão da península espanhola pelos árabes que se conservou até 1071, quando foi abolido por Gregório VII. Nos fins do século XI, esta modalidade só era praticada em poucas Igrejas, mas foi recuperado pelo Cardeal Cisneros, que fundou a capela moçárabe da Catedral de Toledo (Espanha) e editou o Missale e o Breviarium, cantos moçárabes em 1500 e 1502, respectivamente.
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